domingo, 27 de novembro de 2011

O PODER DA UNIÃO


O PODER DA UNIÃO
Um homem viajava pelas montanhas e chegou a um local onde uma grande rocha rolara sobre o caminho e o tomara por inteiro, e fora do caminho não havia outra saída, nem à esquerda, nem à direita.  
Ora, esse homem, ao perceber que não poderia continuar sua viagem por causa do rochedo, tentou movê-lo para abrir passagem e cansou-se muito com esse trabalho, e todos os seus esforços foram vãos.  
Percebendo isso, sentou-se cheio de tristeza e disse: O que será de mim quando a noite cair e me surpreender neste ermo sem alimento, sem abrigo, sem qualquer defesa, na hora em que as bestas ferozes saem em busca de suas presas?  
E, enquanto estava absorto nesses pensamentos, surgiu outro viajante, e este, depois de fazer o mesmo que o primeiro fizera e apercebendo-se também impotente para mover o rochedo, sentou-se em silêncio e baixou a cabeça.  
E depois deste chegaram muitos outros, e nenhum deles conseguiu mover o rochedo, e o temor de todos era grande.  
Finalmente, um deles disse aos demais: Irmãos, oremos a nosso Pai que está no céu: talvez ele se compadeça de nós nesta aflição.  
E suas palavras foram ouvidas, e eles oraram de todo o coração para o Pai que está no céu.  
E depois de orarem aquele que dissera: Oremos, disse ainda: Meus irmãos, aquilo que nenhum de nós conseguiu fazer sozinho, quem sabe não conseguiríamos fazer juntos?  
E eles se ergueram, e todos juntos empurraram o rochedo, e o rochedo cedeu, e eles seguiram seu caminho em paz.  
O viajante é o homem, a viagem é a vida, o rochedo são as misérias que ele encontra a cada passo em seu caminho.   
Nenhum homem conseguiria erguer sozinho o rochedo, mas Deus calculou seu peso de tal modo que ele nunca detenha os que viajam juntos.
 
Fonte: Palavras de um Homem de Fé - Hugues Félicité Robert de Lamennais – Editora Martins Fontes.
  
LAMENNAIS (Hugues Félicité Robert de Lamennais) - Sacerdote, filósofo, político e escritor francês - 1782-1854. 

sábado, 1 de outubro de 2011

"Algemas de ouro são muito piores que algemas de ferro."

A afirmativa acima é de Mahatma Gandhi. Ele foi um dos idealizadores e fundadores do moderno Estado indiano e um defensor do princípio da não-violência como um meio de protesto.
Tem em seu sentido uma pergunta: Vender-se por poder ou ser oprimido por ele?

Nos dias atuais, onde a população brasileira, através de atos públicos, clama pelo fim da corrupção, a frase de Mahatma Gandhi parece transcender ao tempo e ao lugar de origem para ser aplicada ao presente cenário de defasagem da imagem pública da classe política brasileira. Por outro lado, há quem diga que essa imagem não esta depreciada de hoje, porém sim, de um Brasil muito mais antigo, ou seja, um Brasil que teve na sua formação como colônia portuguesa um asilo de corruptos e malfeitores oriundos da Europa, e que se enraizou de tal forma, que até nos dias atuais ainda produzem frutos.

Então, é repetida a pergunta - vender-se por poder ou ser oprimido por ele? -
A história está repleta de casos de pessoas que são presas pelo poder e mesmo que, a princípio, tenham levado vantagem com isso, com o tempo são esmagadas por aquilo que um dia lhe causou bem estar. Felicidade jamais é material, felicidade vem de dentro do ser e não se compra e nem se vende.
As algemas de ouro podem até nos fazer sentir melhores, agraciados pelo poder, mas, de nada adianta se afastar da realidade enquanto muitos são oprimidos e postos na marginal dos caminhos da vida. O oprimido por sua vez, deposita sua esperança em um dia melhor, embora utópico, ou mesmo guiado por sua fé em um ser superior que a tudo vê e salva os necessitados. Nesse momento, a política trilha caminhos conflitantes com as religiões.
Enquanto alguns se baseiam no poder exercido pela política sobre as massa, outros buscam na fé em Deus meios de superar as dificuldades impostas pela primeira. O passado é um espelho que deveria guiar os lideres do presente para construirmos um futuro melhor, como exemplo disso, encerro este post com uma frase de Martin Luther King:
É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver.

sábado, 30 de julho de 2011

Educação em votação

"O homem é o único ser vivo que tem que ser educado."
Immanuel Kant.
Ainda me assusta assistir a reação maciça da população diante da política. Em pleno século XXI e toda sua evolução científica e até mesmo social, ainda agrega valores políticos arcaicos e retrógrados.
É doloroso saber que a compra de votos ainda exista, claro que por parte de uma classe de políticos declaradamente ignóbeis, que se parafraseiam por dolorosa gama pecuniária. Indignificando a categoria sobremaneira, seguindo-se do fato de que a exceção em muitos casos se sobreponha à regra é fato quase certeiro que a exalação dessa leve a um julgamento injurioso da política, que deveria ser encarada como arte e não com tanta lamúria como vem sendo encarada.
Desde os remotos tempos a política era a arte de conquistar, manter e exercer o poder e o governo, noção amplamente dada e exposta por Maquiavel1, que se utilizando de um empírico rompeu com as tradições medievais e abriu caminhos para a visão atual sobre o se fazer política.
Das diferentes formas de governo e de se fazer política adentram-se na competência do cidadão ínfimas oportunidades de inserção efetiva na discussão política. Ainda que surja a mais assombrosa ditadura, o povo ainda é a única composição capaz de reverter ou influir sobre esse sistema.
Só o povo pode legitimamente tomar partido do que quer que lhe compita, só ele pode se levantar contra aqueles que difamam sua nação através da imposição fria da coerção desmesurada. Pressupõe-se como componente do Estado justo o povo, que Estado existirá então para ser subjugado por um infame e caótico líder se não houver povo a ser coagido?
Conforma-se assim o povo com o governo que tem. É ele que ratifica a indiligência sob que vive, dando impulsão as suas ações e estratagemas. Duelando consigo mesmo quando declama ferrenhas críticas ao sistema que o guia socialmente. É o povo que assenta sobre si uma punição ainda que involuntária. Dessa forma conclui-se que invariavelmente o próprio povo assina a sentença de seu destino consentindo com sua hodierna ideologia estatal. “Cada povo tem o governo que merece” 2, seja na sua participação ativa ou na omissão de sua força cidadã.
Porém, para se efetivar tais constatações torna-se necessário um requisito de fundamental importância, a educação. Qualidade não estritamente política, a educação é basilar na edificação da dignidade humana, conjeturando a idealização de sua plenitude como raça racional e realizadora.
Em parâmetros locais, é visível a completa insignificância a culturalização do povo brasileiro, desde o descobrimento que o ‘produto nacional’ é visto com desdém, desde a desmoralização do nativo até a atual política pública, um povo que se auto menospreza. Inferiorizam-se, dia após dia, os próprios compartes a um patamar que não lhes cabe, por excelência o povo deveria ser tratado pelo corpo político com a idolatria de quem o elegeu responsável pela edificação do bem-estar comum àquela peculiar sociedade.
De fato é psicologicamente aterrador aceitar essa metódica visão de controle social, a privação da cultura e do conhecimento em detrimento da aquisição insípida de poder numa sociedade. É não expor à sociedade o saber, o acesso pleno ao conhecimento para assim poder coagi-la a seu bel prazer. Induzi-la a se direcionar, coagi-la a não raciocinar de forma crítica e eficazmente ativa.
Desta feita, a banalização da política em relação à sociedade segue-se de um inconformismo subconsciente, de uma necessidade efervescente de agir, porém sem propriedade de ação, visto que invariavelmente é melhor pro Estado manter seu povo alienado a tudo aquilo que poderia voltar-se contra ele próprio como soberano. A constitucionalização do povo não é interessante, despertaria o interesse público pelos meandros da política, tampouco então a representatividade política que tenha a população diante de seu sistema governamental.
Além de que nosso país sempre viveu reprimido, conhecemos as aspirações da democracia plena e funcional há pouco mais de 20 anos; sofremos assombrosas repressões militares por anos; vimos a censura bater à nossa porta, fechando nossos olhos, calando nossa boca, deportando quem se atrevesse contra o sistema; remontamos no tempo e sofremos as torturas na nossa carne lavrada em sangue; nos guiam numa política de “pão e circo”, alimentando nossa dignidade com remendos porcos da imagem do homem e direitos fragmentados em detrimento dos que tem força monetária.
Historicamente ainda fomos sujeitados ao imperialismo; à colonização que na figura de colonizadores menosprezou o índio e destruiu as riquezas naturais da terra. É fato que o país já sofreu absurdos avanços, porém ainda não se tem consciência da importância mor da educação e disciplina para edificação de uma sociedade eficaz em seus propósitos. Não voltada para a contínua barbárie que domina o Brasil.
Precisamos tirar essa sina individualista que visa o próprio bem estar ao invés de atentar a coletividade, que tenta tirar convenientemente proveito de tudo que está a nossa volta, perder o medo de viver, de avançar sobre aquilo que nos faz mal e destrói nosso futuro. Atentemos a moralidade rigorosa de Kantiii que instaura a visão perfeitamente delimitada do que viria a ser moral ou não, da visualização amplíssima da intenção real do indivíduo a cometer qualquer ato que seja; ou pelo menos a percepção de preocupação com outro, dar atenção as necessidades do coletivo, do próprio indivíduo como ser humano.
Em extremo ápice de ilusão talvez propor uma kantinização dos políticos de nosso país, a ampliar a responsabilidade de uma política limpa de interesses, bem intencionada diante da comunidade. Efetivando em seus planos de governo não aquilo que querem fazer, mas o que a população, única responsável pela aquisição de seus cargos, necessita e clama, daí então comprometimentos palpáveis, não pura divagação entorpecida como hoje se vê claramente.
Volto aqui a questão inicial da compra de votos, o povo não venderia se não vivesse em situações precárias, e principalmente se não tivesse a quem onerar o voto. Ainda que não seja por compensação pecuniária, a visão do povo brasileiro é realmente de uma limitação absurda em relação a política, são votos de agradecimento, reconhecimento, amizade, e tantos outros critérios menos aquele que realmente deveria movimentar a máquina política, a responsabilidade e dedicação social. A vocação de se fazer o bem à coletividade, do carinho com o próximo.
O país precisa se impor e educar seu povo, acatar a disciplina como forma de sucesso e jamais hesitar na luta pelos próprios direitos, cumprindo-se sempre seu dever consigo mesmo e com a sociedade, numa evolução constante da energia que move a intersubjetividade no encontro com o outro.
E só através de uma política consciente e aplicada se instauram requisitos a essa plenitude sociológica. É fazer o povo entender que precisa de comando, mas este dever estar em concernência com a força que move a alma do eleitorado, com seus anseios e avanços sociais.
Não esse levante caótico com clima de campeonato de futebol, diversão já intrincada a alma brasileira, em ares de oba-oba, vestindo a camisa do candidato, tomando-o como ídolo, elevando-o a um pedestal de cristais quebrados; um falso sentimento de orgulho que invariavelmente vem sendo resgatado na intenção difusa de desvio de propósito da política e das eleições democráticas. Que, aliás, não se cumpre tanto assim, visto que a manipulação do eleitorado viola principiologicamente o preceito principal desse regime.
Para a Democracia o que vale é a representatividade do povo, sua impressão na forma que o sistema governamental haja, em que o poder esteja nas mãos dos cidadãos, ainda que indiretamente através da democracia representativa. Seria de bom senso que o plano de governo fosse definido pelo povo, e não pelos candidatos que digladiam na mídia e nos palanques. Afinal, eles estão lá pelo povo e para o povo, não para si mostrarem ou para constituir riquezas.
A política, portanto, é a disputa do poder e o domínio do Estado. E nesse liminar entre Ciência do Estado e Ciência do Poder fica o povo com sua idéia hedionda da política. Policie-se, exerça seu direito com eficácia e seu dever com prudência.
NOTAS DE RODAPÉ E REFERÊNCIAS
1 Nicolau Maquiavel (1469 – 1527), historiador, poeta, diplomata. Reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente.
Autor do memorável O Príncipe, defendendo a necessidade do príncipe de basear suas forças em exércitos próprios, não em mercenários e, após tratar do governo propriamente dito e dos motivos por trás da fraqueza dos Estados italianos, conclui a obra fazendo uma exortação a que um novo príncipe conquiste e liberte a Itália.
2 Antonio de Oliveira Salazar (1889 – 1970), estadista, presidente e primeiro-ministro de Portugal. Foi também o ditador que implementou o regime conhecido como Estado Novo.
3 Immanuel Kant (1724 – 1804), filósofo iluminista alemão, fundador da filosofia crítica, através de um pensamento sistemático dividiu a moral do direito, criando a concepção de Lei Moral e Lei Jurídica.  
Revista Jus Vigilantibus, Segunda-feira, 13 de outubro de 2008

 *Sue Ellen Sales

Estudante da Universidade Presidente Antonio Carlos; Estagiária da Defensoria Pública de Minas Gerais 1ª Vara de Família e Sucessões e do Gabinete do Juiz da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

A onde se originam os problemas sociais!

Tenho como referência de ativista político, o americano Martin Luther King Jr., pastor protestante e lider do movimento dos direitos civis dos negros americanos, sendo a pessoa mais jovem a receber o prêmio nobel da paz, pouco antes de seu assassinato. Em uma de suas mais selebres frases, ele proclama o poder do povo que encontra-se adormecido: O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
Política sem a participação do povo, não é política, é sim um lobo desfarçado na pele de cordeiro, uma ditadura. Eis aí o genêsis de todo e qualquer problema social - a  exclusão do dialogo com a sociedade. Tendo diversos exemplos na história da humanidade, mas reservaremos o foco ao município de Governador Luiz Rocha.
A cidade de Governador Luiz Rocha, comumente chamada de Pé do Morro, é um município pequeno e pacato, onde boa parte de sua economia gira em torno da pecuária e agricultura, além do extrativismo vegetal como a casca e a amendoa do coco babaçu, e do setor ceramista, onde compreende os artesões que fabricam os tijolos denominados alvenaria nas margens do rio pucumã e uma cerâmica industrial. Expondo desta forma uma grande fragilidade e dependência econômica da população por parte de investimentos públicos que proporcionem melhorias a população.
Tal fragilidade e dependência supra-citadas submetem a grande parte da população a viver, de certa forma, mendigando soluções ao poder público, que vestido de arrogância do poder, dão migalhas ou, muita das vezes, negam em sua totalidade, promovendo uma dependência constante, que culmina no momento pré período eleitoral, com a compra de votos em troca de soluções temporarias.
Aí relembro a frase de Martin Luther King Jr. citada no início, e pergunto: Por que devemos ficar calados perânte tal umilhação? Por que não façamos valer nossas vozes, que de forma isolada podem até não representar muita coisa, mas em conjunto teremos resultados positivos? Povo de Governador Luiz Rocha, é hora de mudar o sentido da história desse munícipio, vamos nos unir por melhorias e cobrar de quem quer que seja ou vim a estar no poder. O problema reside em nós. 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Democracia, Socialismo e Social-Democracia

A palavra democracia tem sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de democracia era bem limitada.
As Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre democracia direta (algumas vezes chamada "democracia pura"), onde o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular, e a democracia representativa (algumas vezes chamada "democracia indireta"), onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.
Em democracias representativas, em contraste, os cidadãos elegem representantes em intervalos regulares, que então votam os assuntos em seu favor. Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa. É uma forma de governo do povo e para o povo.
Em virtude de alguns problemas de aplicação prática da política democrática, houve o surgimento de outras correntes filosóficas que procuraram melhorar tal aplicação. Aí que surge o Socialismo.
A expressão "socialismo" foi consagrada por Robert Owen na anglosfera a partir de 1834. Jovem administrador de uma fábrica de algodão em Manchester, observou de perto as condições desumanas de trabalho e se revoltou com as perspectivas do desenvolvimento industrial. Defendendo a impossibilidade de se formar um ser humano superior no interior de um sistema egoísta e explorador como o capitalismo, buscou a criação de uma comunidade ideal, de igualdade absoluta. Essa corrente de pensamento ficou caracterizada como Socialismo Utópico.
Paralelamente às propostas do socialismo utópico, surgiu o socialismo científico, cujos teóricos propunham compreender a realidade e transformá-la mediante a análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo, constituindo, assim, uma proposta revolucionária do proletariado. Daí se origina o termo "científico", uma vez que seus teóricos se baseavam numa análise histórica e filosófica da sociedade, e não apenas nos ideais de justiça social.
O maior teórico dessa corrente foi o filósofo e economista alemão Karl Marx, que contou com a contribuição do compatriota Friedrich Engels em muitas de suas obras. No Manifesto Comunista (1848), Marx e Engels esboçaram as proposições do socialismo científico, que seriam definidas de forma completa em O Capital, obra mais conhecida de Marx, que causaria uma verdadeira revolução na economia e nas ciências sociais. Entre os princípios expostos na obra, destacam-se uma interpretação sócio-econômica da história, conhecida como materialismo histórico, os conceitos de luta de classes, de mais-valia e de revolução socialista. Essa teoria filosófica foi posta em prática com a fusão da democracia com o socialismo científico.
A social-democracia é uma ideologia política de esquerda surgida no fim do século XIX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem uma revolução, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia social-democrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista. O conceito de social-democracia tem mudado com o passar das décadas desde sua introdução. A diferença fundamental entre a social-democracia e outras formas de socialismo, como o marxismo ortodoxo, é a crença na supremacia da ação política em contraste à supremacia da ação económica ou determinismo econômico sócio industrial.Isto ocorre desde o século XIX.
Historicamente, os partidos social-democratas advogaram o socialismo de maneira estrita, a ser atingido através da luta de classes. No início do século XX, entretanto, vários partidos socialistas começaram a rejeitar a revolução e outras idéias tradicionais do marxismo como a luta de classes, e passaram a adquirir posições mais moderadas. Essas posições mais moderadas incluiram uma crença de que o reformismo era uma maneira possível de atingir o socialismo. No entanto, a social-democracia moderna desviou-se do socialismo, gerando adeptos da ideia de um Estado de bem-estar social democrático, incorporando elementos tanto do socialismo como do capitalismo. Os sociais-democratas tentam reformar o capitalismo democraticamente através de regulação estatal e da criação de programas que diminuem ou eliminem as injustiças sociais inerentes ao capitalismo, tais como Bolsa Família e Opportunity NYC. Esta abordagem difere significativamente do socialismo tradicional, que tem como objetivo substituir o sistema capitalista inteiramente por um novo sistema econômico caracterizado pela propriedade coletiva dos meios de produção pelos trabalhadores.
Atualmente em vários países, os sociais-democratas atuam em conjunto com os socialistas democráticos, que se situam à esquerda da social-democracia no espectro político. Os dois movimentos às vezes operam dentro do mesmo partido político, como é o caso do Partido dos Trabalhadores brasileiro e o Partido Socialista francês. No final da década de XX, alguns partidos sociais-democratas, como o Partido Trabalhista britânico e o Partido Social-Democrata da Alemanha, começaram a flertar com políticas econômicas neoliberais, originando o que foi caracterizado de "Terceira Via". Isto gerou, além de grande controvérsia, uma grave crise de identidade entre os membros e eleitores desses partidos.
A Democracia, o Socialismo e outras correntes ideoligicas oriundas destes pensamentos políticos possuem algo em comum: fazer com o poder do povo seja exercido pelo povo e para o povo. Mesmo sabendo que existem alguns membros da sociedade que, em busca de melhorias pessoais, usem desta roupagem. É dever de todo cidadão, independente de sua nacionalidade, lutar por melhorias, facemos uso desta leitura para nosso município, Governador Luiz Rocha, buscando aplicação da democracia em nosso cotidiano - governo do povo.